segunda-feira, 24 de março de 2008

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (ITA-SP) – O plural de terno azul-claro e terno verde-mar é:

a) ternos azuis-claros; ternos verdes-mares

b) ternos azuis-claros; ternos verde-mares

c) ternos azul-claro; ternos verde-mar

d) ternos azul-claros; ternos verde-mar

e) ternos azuis-claros; ternos verde-mar

Essa questão envolve o plural dos adjetivos compostos e a análise é relativamente simples:

- analisamos a palavra da direita isoladamente: se ela sozinha for adjetivo, coloque-a no plural. Caso a palavra, sozinha, não for adjetivo, ela permanece no singular.

2. EFOA-MG – “...onde predomina o corte de cabelo afro-oxigenado.”

A concordância do adjetivo destacado acima com o substantivo a que se refere manteve-se correta em:

a) cabelos afros-oxigenados

b) cabeleiras afras-oxigenadas

c) cabelos afros-oxigenados

d) cabeleiras afra-oxigenadas

e) cabelos afro-oxigenados

Essa questão segue a mesma linha de raciocínio da anterior, ou seja, envolve o plural dos adjetivos compostos.

3. (Univ. Fed. de Juiz de Fora – MG) – Marque o emprego incorreto do numeral:

a) século III (três)

b) página 102 (cento e dois)

c) 80º (octogésimo)

d) capítulo XI (onze)

e) X tomo (décimo)

4. (Fund. Valeparaibana – SP) – Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados:

a) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.

b) após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo.

c) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.

d) antes do artigo dez vem o artigo nono.

e) o artigo vigésimo segundo foi revogado.

6. (Cesgranrio-RJ) – Assinale a opção em que o pronome lhe apresenta o mesmo valor significativo que possui em:

“Uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas.”

a) A mãe apalpava-lhe o coração.

b) Aconteceu-lhe uma desgraça.

c) Tudo lhe era diferente

d) Ao inimigo não lhe nego perdão

e) Não lhe contei o susto por que passei

7. (ITA-SP) – Dadas as sentenças:

1. Ela comprou um livro para mim ler.

2. Nadaentre mim e ti.

3. Alvimar, gostaria de falar consigo.

Verificamos que está (estão) correta(s):

a) apenas a sentença n.º 1

b) apenas a sentença n.º 2

c) apenas a sentença n.º 3

d) apenas as sentenças n.º 1 e 2

e) todas as sentenças

8. (Cesgranrio – RJ) – Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte:

Os pesquisadores e o Governo freqüentemente assumem posições distintas ante os problemas nacionais: _______________ se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ____________ se guia mais pelos interesses políticos.

a) aqueles, este

b) esses, aquele

c) estes, esse

d) estes, aquele

e) aqueles, aquele

9. (Cesgranrio – RJ) – Assinale a opção em que todos os vocábulos formam o plural em ões (cf: botão/botões):

a) balão, irmão, tubarão

b) eleição, canção, opinião

c) confissão, nação, cristão

d) limão, cidadão, pagão

e) questão, alemão, operação

Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três formas:

-ão + s à -ãos

-ão + -ões

-ão + -ães

10. (FESP – SP) Assinale a alternativa que contenha substantivos, respectivamente, abstrato, concreto e concreto:

a) fada, , menino.

b) , fada, beijo.

c) beijo, fada, menino.

d) amor, pulo, menino.

e) menino, amor, pulo.

11. (Univ. Est. Ponta Grossa – PR) – A série de palavras que, no plural, mudam o timbre do o tônico é:

a) acordo, transtorno, sogro, morro, repolho

b) imposto, povo, corpo, esforço, tijolo

c) logro, toco, soldo, gorro, fofo

d) gafanhoto, globo, bolso, coco, bolo

e) forro, esposo, rolo, sopro, topo

Certos substantivos, no plural, sofrem a pronúncia do ô (fechado) da sílaba tônica, que passa a ser pronunciado ó (aberto). Assim, imposto (ô) – impostos (ó); povo (ô) – povos (ó); corpo (ô) – corpos (ó); esforço (ô) – esforços (ó); tijolo (ô) – tijolos (ó).

12. (Unimep – SP) – “Se você não arrumar o fogão, além de não poder cozinhar as batatas, há o perigo próximo de uma explosão.”

As palavras destacadas podem ser substituídas por:

a) concertarcoser - iminente

b) consertarcozereminente

c) consertarcozeriminente

d) concertarcoseriminente

e) consertarcosereminente

Português - Adjetivo

Adjetivo

Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, indicando características de defeito, qualidade, estado, etc.

Exemplos:

Comida gostosa.

Menino bonito.

Gosto ruim.


Formação do adjetivo


O adjetivo pode ser:


Simples - possui apenas um radical, um elemento: azul, surdo,


Composto – possui mais de um radical, mais de um elemento: azul-escuro, surdo-mudo.


Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras: triste, bom, pobre.


Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos: tristonho, bondoso, pobretão.


Flexão do adjetivo


O adjetivo varia em gênero, número e grau.


1) Gênero do adjetivo


Uniformes: apresenta uma forma para os dois gêneros, masculino e feminino.


Menino felizmenina feliz


Empregado competenteempregada competente


Biformes: são aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.


O atleta brasileiro – a atleta brasileira.


O menino lindo – a menina linda.


2) Número do adjetivo


O adjetivo simples faz o plural seguindo a mesma regra do substantivo:


Rapaz felizrapazes felizes


Roupa brancaroupas brancas


No plural dos adjetivos compostos acrescenta-se o s apenas no último elemento:


Lente côncavo-convexalentes côncavo-convexa


Crianças mal-educadas – crianças mal-educadas


PARTICULARIDADES


» Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:


Carro azul-marinho – carros azul-marinho


Vestido azul-celestevestidos azul-celeste


» O adjetivo composto surdo-mudo flexiona os dois elementos:


Rapaz surdo-mudorapazes surdos-mudos


» Nos adjetivos referentes a cores, o adjetivo composto fica invariável quando o segundoelemento for um substantivo:


Saia verde-oliva – saias verde-oliva


Sofá marrom-café – sofás marrom-café


3) Grau do adjetivo


O adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo:


Grau comparativo: transmite a idéia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser emrelação a outro.


Igualdade - tão+adjetivo+que (do que):


Ela é tão alegre quanto (ou como) ele.


Lídia é tão bonita quanto Raquel.


Superioridademais+adjetivo+quanto (como):


Ele é mais alegre que (ou do que) ela.


Lídia é mais bonita que Raquel.


Inferioridade – menos+adjetivo+que (do que):


Ele é menos alegre que (ou do que) ela.


Lídia é menos bonita que Raquel.


PARTICULARIDADES


» O grau comparativo de superioridade dos adjetivos grande, bom, pequeno, mau usam-se as formas sintéticas maior, melhor, menor e pior.


» Quando comparamos duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica:


A casa é mais grande do que confortável.


Grau superlativo: o grau superlativo pode ser:


Relativoquando se faz sobressair, com vantagem desvantagem, a qualidade de um ser emrelação a outros (a um conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade:


Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade)


Mateus é o menos inteligente da turma. (inferioridade)


Absolutoquando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser analítico ou sintético:


Analítico: quando o adjetivo é modificado pelo advérbio muito, extremamente, etc.
Paula é extremamente bela.


Sintético: quando se acrescenta o sufixo –íssimo, -imo ou -rimo ao radical do adjetivo:


Conversa agradabilíssima.


Alguns superlativos absolutos sintéticos:


Ágil – agillíssimo, agílimo


Agudoacutíssimo


Bom – boníssimo


Célebrecelebérrimo


Cruelcrudelíssimo, cruelíssimo


Doce – docísssimo, docilíssimo


Dócil – docílimo, docilíssimo


Fácil – facílimo, facilíssimo


Feio – feiíssimo


Feliz – felicíssimo


Fiel – fidelíssimo


Livre – libérrimo, livríssimo


Magnífico – magnificentíssimo


Pobrepaupérrimo, pobríssimo


Sábio – sapientíssimo


São – saníssimo


Útil – utilíssimo


Voraz – voracíssimo


Locução adjetiva

Em Gramática , chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma . Locução adjetiva é, portanto, a união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmente formadas por:


» uma preposição e um substantivo


» uma preposição e um advérbio


Dente de cão = dente canino


Conselho de mãe = conselho materno


Pneus de trás = pneus traseiros


Ataque de frente = ataque frontal


Algumas locuções e seus adjetivos correspondentes:


De aluno - discente


De abdômen – abdominal


De açúcarsacarino


De anjo – angélico, angelical


De águaaquático, áqueo, hidráulico, hídrico


De aveaviário, aviculário, ornítico


De cabeçacefálico


De casamento – matrimonial, nupcial


De direitojurídico


De estômagoestomacal, gástrico


De gargantagutural


De intestino – celíaco, entérico, intestinal


De manhãmatinal, matutino, crástino


De mêsmensal


De pelecutâneo


De peso – ponderal


De tardevesperal, vespertino


Adjetivos pátrios


O adjetivo pátrio é aquele que se refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos forma-se pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo que os origina. Os principaissufixos formadores de adjetivos pátrios são: -aco, -ano, -ão, -eiro, -ês, -ense, -eu, -ino, -ita.


Acreacreano


Amapá – amapaense


Espírito Santoespírito-santense ou capixaba


Mato Grossomato-grossense


Paráparaense


Piauí – piauense


Porto Alegreporto-alegrense


Reciferecifense


Rio Grande do Nortepotiguar ou rio-grandense-do-norte


Rio Grande do Sulgaúcho ou rio-grandense-do sul


Minas Geraismineiro


Belo horizonte - belo-horizontino


Belém (do Pará) – belenense


China - chinês


Campinas - campineiro, campinense


Goiânia - goianiense


Lisboa - lisboeta, lisbonense


Maceió - maceioense


África – africano


América – americano


Ásia – asiático


Europa – europeu


Oceania – acêanico


Alemanha – alemão


Bélgica – belga


Brasil – brasileiro


Estados unidos – estadunidense, norte-americano


Israel – israelense ou israelita


Irã - iraniano


Japão - japonês

segunda-feira, 17 de março de 2008

Literatura - aula 3 - Atividades (part II)

INÍCIO: Canção da Ribeirinha - Paio Soares de Taveirós
TÉRMINO: Fernão Lopes é eleito cronista-mor da torre do Tombo

PAINEL DE ÉPOCA:

· Cristianismo

· Cruzadas rumo ao Oriente

· Luta contra os mouros

· Teocentrismo: poder espiritual e cultural da Igreja

· Feudalismo

· Monopólio clerical

PRODUÇÃO LITERÁRIA: PROSA E POESIA

I) A poesia do trovadorismo: Cantigas

A) Cantigas líricas

Amor

· amor do trovador pela mulher amada.

· mulher idealizada.

· contemplação platônica.

· uso de “meu senhor”.

· sofrimento por amor.

· vassalagem amorosa.

· amor cortês.

· estribrilho ou refrão.

Amigo

· O trovador coloca-se no lugar da mulher que sofre pelo amado que partiu.

· mulher concreta-real.

· conversa com a natureza.

· popular - mulher camponesa.

· uso do termoamigo” = namorado, amante, marido.

· paralelismo e refrão.


B) Cantigas satíricas

Escárnio:

· referências indiretas.

· ironia.

· ambigüidade (vocabulário de duplo sentido).

· não se revela o nome da pessoa satirizada.

Maldizer:

· sátira direta.

· maledicência

· uso de palavras obscenas ou de conteúdo erótico.

· citação nominal da pessoa satirizada.

II) A PROSA DO TROVADORISMO


Hagiografia: relatos bibliográficos de figuras canonizadas, escritos em latim.
Cronicões
: relatam, de forma romanceada, os episódios históricos/sociais do século XIV

Livros de linhagem: apresenta a genealogia das famílias nobres
Novelas de Cavalaria:

· poemas que celebram acontecimentos históricos, trazidos principalmente da França e Inglaterra.

· temos três ciclos:

·
a) Ciclo Bretão ou Arturiniano: Rei Artur e Cavaleiros
da Távola Redonda.
b) Carolíngio: Carlos Magno
c) Clássico: Antigüidade Greco Romana.


EXERCÍCIOS:

A) Textos:

I - “CANTAR D’AMIGO

Vi eu, mia madr’, andar
as barcas eno mar:
e moiro-me d’amor.

Fui eu, madre, veer
as barcas eno ler (1):
e moiro-me d’amor.

As barcas eno mar
a foi-las aguardar:
e moiro-me d’amor

As barcas eno ler
E foi-las atender (2)
e moiro-me d’amor

E foi-las aguardar
e non o pud’achar:
e moiro-me d’amor.

(Nuno Fernandes Torneol)

1. praia; 2. esperar.

II - “CANTIGA DE ESCÁRNIO

Ai, dona fea, foste-vos queixar
porque vos nunca louv’-en meu trobar
mais ora quero fazer un cantar
en que vos loarei toda via (1),
e vedes como vos quero loar
dona fea, velha e sandia (2).

Ai dona fea! se Deus me perdon!
e pois havedes tan gran coraçon
que vos eu loe en esta razon (3),
vos quero loar toda via,
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero (4) muito trobei;
mais ora um bom cantar farei
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!

(João Garcia de Guilhade)

1. para sempre;
2. louca, demente;
3. que eu a louve por este motivo;
4. porém, todavia.

III - “CANTIGA DE MALDIZER"

Meu senhor arcebispo, and’eu escomungado
porque fiz lealdade; enganou-me o pecado (1)!
Soltade-m’, ai (2), senhor, e jurarei, mandado
que seja traëdor.

Se traiçon fezesse, nunca vo-la diria;
mais (3) pois fiz lealdade, vel (4) por Santa Maria,
soltade-m’, ai, senhor, e jurarei, mandado
que seja traëdor.

Per mia maleventura tive hun en Sousa
e dei-o a seu don’ e tenho que fiz gran cousa (5).
Soltade-m’ ai, senhor, e jurarei, mandado
que seja traëdor.

Por meus negros pecados tive hun castelo forte
e dei-o a seu don’, e hei medo da morte.
Soltad-m’, ai, senhor, mandado
que seja traëdor.

(Diego Pezelho)

1. o demônio enganou-me;
2. absolvei-me, ai;
3. mas;
4. oh!, ah!, ai! (segundo Rodrigues Lapa);
5. parece-me ter cometido um ato grave (segundo Rodrigues Lapa).

1) Identifique as principais características dos três textos analisando suas diferenças.

2) Faça um estudo do eu-lírico nas cantigas acima e explique esse tipo de produção literária da época medieval.

B) TESTES:

“Rui Queimado morreu con amor
en seus cantares, por Sancta Maria
por ua dona que gran ben queria,
e, por se meter por mais trovador,
porque lh’ela non quis [o] ben fazer(1),
fez - s’el en seus cantares morrer,
mas ressurgiu depois ao tercer dia!

Esto fez el por ua sa senhor
que quer gran ben, e mais vos en diria:
porque cuida que faz i maestria (2),
enos cantares que fez sabor(3)
de morrer i e desi d’ar viver (4);
esto faz el que x’o pode fazer,
mas outr’omem per ren non [n] o faria.

E non há de sa morte pavor,
senon sa morte mais la temeria,
mas sabede ben, per sa sabedoria,
que viverá, des quando morto for
e faz - (s’) en seu cantar morte prender,
desi ar viver: vede que poder
que lhi Deus deu, mas que non cuidaria.

E, si mi Deus a mim desse poder,
qual oi’el há, pois morrer, de viver,
jamais morte nunca temeria.

1. porque ela não lhe quis atender as súplicas;
2. porque ele imagina que tem talento;
3. a gosto, satisfeito;
4. de morrer e, mais tarde, reviver.


1) A cantiga anterior é de autoria de Pedro Maria Burgalês. Por suas características e conteúdo, ela é uma cantiga:
a) de amigo;
b) de escárnio;
c) de amor;
d) de maldizer;
e) n.d.a.

2) Fazem parte da prosa trovadoresca em Portugal:
a) as hagiografias e as cantigas de maldizer;
b) os livros de linhagem e os cronicões;
c) as novelas de cavalaria e os romances;
d) os cronicões e as crônicas;
e) os livros de linhagem e os sonetos.

3) Assinale a alternativa incorreta:
a) Na cantiga de amigo, o “eu-lírico” feminino lamenta a ausência do amigo distante;
b) Na cantiga de escárnio, a sátira é feita indiretamente e usam-se a ironia e as ambigüidades;
c) Na cantiga de maldizer, o erotismo pode estar presente;
d) Na cantiga de amor, o apelo erótico é purificado e ocorre a idealização do amor;
e) Na cantiga de amigo, usa-se o refrão, mas não existe paralelismo.